Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Irmã de José Vasconcellos não acredita que ele esteja morto

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Sexta, 15 de Abril de 2005 às 08:38, por: CdB

Isabel Vasconcellos, irmã do engenheiro brasieliro sequestrado no Iraque, afirmou nesta sexta-feira que não acredita nas especulações de que João José Vasconcellos Jr. estaria morto, desde janeiro, devido a ferimentos sofridos no momento do seqüestro.

O crédito da informação veio de uma fonte britânica. Na manhã desta sexta, foi divulgado o nome da fonte, Andrew White, reverendo da Igreja Anglicana da Inglaterra. Isabel recebeu com surpresa o nome do reverendo anglicano e deu uma gargalhada:

- É muito estranho que uma pessoa que esteja querendo ajudar tenha procurado uma rede de televisão e não a família, nem a empresa que ele trabalha. Eu ainda não tinha ouvido falar que ele estava tentando ajudar a resolver o caso. Se trouxerem a prova, nós vamos acreditar. Simplesmente de boca, já escutamos muita coisa.

De acordo com a rede de televisão brasileira que recebeu a informação, White, que mora em Jerusalém, é especialista em conflitos em países do Oriente Médio e negociador de resgates. Também seria conselheiro do Instituto para a Paz no Iraque, uma ONG internacional. Ele participou ativamente das negociações com os supostos seqüestradores do engenheiro brasileiro e disse que um de seus homens até foi morto quando tentava se aproximar dos terroristas, informou a emissora.

O governo quer conseguir uma prova da real situação do engenheiro: se ele estiver vivo, uma foto de um jornal do dia; se ele estiver morto, pelo menos fios de cabelo, para que possam ser feitos exames de DNA.

A fonte também afirmou que os seqüestradores querem cerca de US$ 400 mil - para liberar o corpo, porém não informou a quem os seqüestradores teriam chantageado: a família, a Odebrecht ou o governo brasileiro.

O Itamaraty frisou que, para o governo brasileiro, Vasconcellos Jr. está vivo e que todos os esforços serão feitos para libertá-lo. Vasconcellos Jr. foi seqüestrado em 19 de janeiro, em Beiji, no Iraque, quando estava a caminho do aeroporto para retornar ao Brasil. Ele é funcionário da Construtora Norberto Odebrecht S.A. O grupo islâmico Ansar al-Sunna assumiu a autoria de um seqüestro na mesma região onde o comboio com o engenheiro foi atacado.

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