O Iraque reiniciou o embarque de petróleo nesta segunda-feira em dois terminais do sul onde atos de sabotagem haviam interrompido por seis dias as exportações do produto no país. Os terminais de Basra e de Al Amaya estavam escoando a produção a uma velocidade de 1 milhão de barris por dia, ou cerca de 55 por cento do nível normal, depois do conserto de um dos oleodutos danificados, disseram autoridades.
"Não há vazamentos. O bombeamento do petróleo está ocorrendo normalmente", disse uma autoridade.
O Iraque exportava cerca de 1,8 milhão de barris por dia a partir dos terminais do sul antes dos ataques da semana passada, o segundo maior dos últimos meses contra aqueles terminais. O oleoduto de Kirkuk, ao norte, vem sendo atingido por atos de sabotagem desde o começo da guerra e vem conseguindo exportar pouco petróleo.
Temores de que haja novos ataques contra instalações do setor petrolífero antes da entrega do poder aos iraquianos, no dia 30 de junho, alimentaram uma leve alta dos preços do produto, mas eles seguiam 10% mais baixos que o recorde de alta do começo do mês.
"Esses não serão provavelmente os últimos ataques", disse em um relatório a empresa norte-americana de consultoria PFC Energy.
"À medida que a atuação dos EUA no Iraque se tornar menos ostensiva e o governo iraquiano tentar consolidar sua legitimidade, os insurgentes terão novos incentivos para dificultar a vida dos novos dirigentes", afirmou.
Os oleodutos se estendem por 120 quilômetros a partir dos poços de extração no sul.
As exportações de petróleo são vitais para que o Iraque consiga implementar seus programas de reconstrução.
"Os próximos meses serão críticos", disse a PFC Energy. "Se os insurgentes conseguirem minar a credibilidade do governo de transição, então a ausência de uma autoridade efetiva levará os detentores de poder político no país a obter mais poder por meio da força."