O conselho criado pelos americanos para governar o Iraque escolheu seus integrantes depois de semanas de desentendimentos. Ele é composto por 24 homens e uma mulher, que representam várias comunidades sectárias do país vão atuar como ministros da administração provisória até a realização de eleições.
Nouri Bardan, um integrante de um grupo que se opôs a Saddam Hussein no exílio, deverá ser ministro do Interior – um cargo-chave, já que seu titular deverá liderar a transição para o controle iraquiano das forças de segurança internas do país.
O grupo de Bardan contava com o apoio dos Estados Unidos.
O Ministério do Exterior ficará nas mãos de um curdo – Hoshiar Al-Zibari.
Bahr Al-Uloom, um líder xiíta, ficará à frente do Ministério do Petróleo.
Protesto
Bahr Al-Uloom suspendeu sua participação no conselho num protesto pelo atentado a bomba em Najaf, que deixou pelo menos 95 mortos.
Mas um outro integrante do conselho, Muwaffaq Al-Ruba’i, disse que Uloom prometeu comparecer a futuras sessões.
De acordo com o jornal americano The Washington Post, o conselho governativo vem pressionando as autoridades de ocupação a permitirem que milícias iraquianas enviem seus combetentes para as ruas das principais cidades e para o campo para ajudar a acabar com forças leais ao presidente Saddam Hussein, sabotadores e terroristas.
“De maneira geral, a autoridade de ocupação, chefiada por Paul Bremer, tem relutado em garantir ao conselho governativo o status de governo provisório.
Ainda não se sabe que influência o gabinete terá se os Estados Unidos retiverem a palavra final em questões ligadas a gastos, reconstrução e policiamento”, disse o jornal.
