Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Iranianos comemoram a vitória dos democratas nos EUA

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Quinta, 09 de Novembro de 2006 às 11:37, por: CdB

A imprensa do Irã comemorou, nesta quinta-feira, o golpe recebido pelos republicanos do presidente George W. Bush nas eleições nos Estados Unidos, mas previu que isso vai apenas moderar, e não mudar radicalmente, a política exterior norte-americana. Um jornal disse que os democratas são tradicionalmente próximos de Israel, inimigo do Irã, o que se torna um fator com potencial de colocar mais pressão sobre países da região.

O Irã, que sofre pressão para suspender seus trabalhos nucleares, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a eleição de terça-feira nos EUA, em que os democratas retomaram o controle da Câmara dos Deputados e possivelmente do Senado. Mas o Iran-News, publicado em inglês, escreveu que "a maioria dos americanos finalmente alinhou-se ao restante do mundo ao rejeitar as políticas irresponsáveis, militaristas, arrogantes, beligerantes e totalmente desestabilizantes do governo Bush".

Ele advertiu, contudo, contra esperanças em relação a "um mar de mudança na política externa americana". O jornal conservador Siyasat-e Rouz concordou. "Quanto ao Irã e a outros opositores das políticas americanas ao redor do mundo, haverá mudanças tangíveis, mas como os republicanos ainda estão no poder na Casa Branca, não podemos classificar de grande mudança na política exterior da América."

Outros comentaristas classificaram o resultado de tapa na cara do governo Bush pela invasão e ocupação do Iraque. O Irã pede a saída das tropas dos EUA.

Os EUA buscam uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) com sanções duras contra o Irã devido a seu programa atômico, que Teerã insiste ser destinado à produção de eletricidade. Washington não descartou ação militar se a diplomacia fracassar.

Alguns jornais destacaram que Bush vai estar agora muito ocupado em disputas internas e que não poderá considerar ações militares no exterior.

"O governo Bush terá que tomar medidas mais cautelosas e, em vez de criar guerra pelo mundo, terá que lutar politicamente com os democratas", disse o jornal radical Kayhan.

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