Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

IPCA-15 sobe em outubro e continua acima do teto da meta em 12 meses

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Terça, 21 de Outubro de 2014 às 13:52, por: CdB

Sob a pressão dos preços de alimentos e de habitação, a prévia da inflação oficial do Brasil subiu 0,48% em outubro, permanecendo acima do teto da meta em 12 meses, num momento em que a presidente Dilma Rousseff (PT) trava uma disputa acirrada com Aécio Neves (PSDB) a poucos dias da definição da corrida eleitoral.

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Segundo o IBGE, em outubro, o maior impacto no índice veio do grupo Alimentação e Bebidas, com 0,17 ponto percentual
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) atingiu 6,62% em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, mesma taxa alcançada em setembro e acima do teto da meta do governo -- de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Em setembro, o IPCA-15 havia subido 0,39% na base mensal. Mas, neste mês, mostrou desaceleração em relação ao IPCA fechado do mês passado, quando subiu 0,57%, chegando a 6,75% em 12 meses, maior patamar em quase três anos. Os dados de outubro do IPCA-15 ficaram um pouco abaixo do esperado em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,51% no mês e de 6,65% em 12 meses. Segundo o IBGE, em outubro, o maior impacto no índice veio do grupo Alimentação e Bebidas, com 0,17 ponto percentual após alta de 0,69%, acelerando sobre o avanço de 0,28% visto no mês anterior. A principal influência veio do preço das carnes, que subiram 2,38% em outubro, no principal impacto individual no mês (0,06 ponto percentual). Esse item já havia pesado sobre o IPCA de setembro, uma vez que os preços da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo se aproximam da máxima histórica por conta da escassez de animais para abate. Já Habitação teve impacto de 0,12 ponto percentual no IPCA-15 de outubro, com alta de 0,80% no período. Na ponta oposta, o grupo Transportes viu sua alta desacelerar em outubro a 0,25%, frente a 0,45% em setembro. Segundo as contas do Banco Fator, a alta dos preços administrados, fonte de pressão neste ano que deve se prolongar para 2015, acelerou para 0,46% neste mês, sobre 0,37% em setembro. Já o índice de difusão do IPCA-15 subiu de 56,7% a 64,9%, ainda de acordo com relatório do banco. Mesmo com a política de juros altos do Banco Central --que levou a Selic ao atual patamar de 11% ao ano-- e com a fraca atividade econômica, que entrou em recessão no primeiro semestre, a inflação vem se mantendo há meses acima do patamar de 6%. Essa conjuntura minou a confiança tanto de empresários quanto dos consumidores e tornou-se questão central na disputa presidencial, que será concluída neste domingo com a realização do segundo turno da eleição. Para economistas de instituições financeiras, o IPCA deverá encerrar este ano a 6,45%, ficando em 2015 a 6,30%, segundo a pesquisa Focus do BC.

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