Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

IPCA-15 mostra elevação dos preços sem surpresas

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Quarta, 23 de Agosto de 2006 às 09:13, por: CdB

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma inflação de 0,19% em agosto, influenciado pelo aumento dos preços de alimentos e combustíveis, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o índice havia apurado uma leve deflação, de 0,02%. A alta do IPCA-15 já era esperada pelo mercado e girava em torno de um número máximo de até 0,23%. Levantamento realizado pela agência inglesa de notícias Reuters, com 19 economistas, mostrou projeções que variavam de 0,20% a 0,26%.

No ano, o índice acumula uma variação positiva de 1,89% e, nos últimos 12 meses, registrou alta de 3,82%. O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo. O índice usa a mesma metodologia do IPCA, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário, enquanto o IPCA-15 apurou os preços entre os dias 14 de julho e 14 de agosto.

O grupo alimentação e bebidas foi um dos elementos que contribuiu para a elevação de 0,19% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em agosto. Esse item cresceu 0,18% neste mês depois de um recuo de 0,02% em julho por causa do aumento das cotações das frutas e do arroz. A área de Transportes apresentou também um impacto no indicador de agosto, ao apresentar avanço de 0,23% no período, refletindo o comportamento dos preços do álcool, da gasolina e das tarifas dos ônibus intermunicipais e interestaduais.

"Além dos alimentos e dos transportes, o pagamento dos salários dos empregados domésticos teve destaque no IPCA-15 do mês. Observada a metodologia utilizada, a alta de 2,26% refletiu parte do reajuste do salário mínimo ocorrida em abril", informou o IBGE.

Com relação aos índices regionais, Brasília ficou com o maior resultado - uma expansão de 0,91% -, enquanto Recife teve o menor - uma queda de 0,09%. O instituto alertou no documento em sua página eletrônica que esta foi a primeira divulgação do IPCA-15 com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) 2002-2003.

Com as novas estruturas, determinados itens ganham mais importância no cálculo dos índices, como microcomputador e serviços de telefonia, incluindo a compra de aparelho telefônico. Com relação aos que ficaram menos importantes nos cálculos, o IBGE cita o álcool combustível, o aluguel residencial e a energia elétrica.

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