A Interpol, polícia internacional, emitiu nesta quinta-feira um alerta global para pedir a prisão do ex-presidente liberiano Charles Taylor.
Taylor foi indiciado por um tribunal apoiado pelas Nações Unidas em Serra Leoa como suspeito de ter cometido crimes contra a humanidade.
O aviso da Interpol não é ainda uma ordem oficial de prisão, mas as polícias nacionais podem utilizá-lo para deter Taylor provisoriamente.
A informação foi divulgada no site da Interpol, junto com uma foto de Taylor vestido com um terno e o aviso de que o ex-presidente liberiano "pode ser perigoso".
Guerra civil
Taylor havia renunciado ao poder na Libéria em agosto. Ele recebeu asilo político na Nigéria, como uma das medidas para colocar um fim à guerra civil que assolava o país, no oeste da África.
O ex-presidente da Libéria foi indiciado pelo tribunal internacional por ter ajudado rebeldes que massacraram milhões de civis em Serra Leoa.
Charles Taylor foi eleito presidente da Libéria em 1997, mas já governava o país desde 1980, quando venceu uma guerra civil contra o então presidente, o sargento Samuel Doe, que acabou executado pela Frente Patriótica Nacional, liberada por Taylor.
No início de novembro, os Estados Unidos divulgaram a oferta de uma recompensa de US$ 2 milhões pela sua captura. A medida irritou o governo nigeriano, que classificou a iniciativa de "terrorismo de Estado".