Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Intenção da PGR de investigar Padilha tende a manter seu afastamento

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Sábado, 25 de Fevereiro de 2017 às 14:03, por: CdB

Ao Ministério Público, Yunes disse que serviu de "mula" (intermediário, no jargão do submundo) para que Padilha viabilizasse o recebimento de um pacote de dinheiro em seu escritório

 

Por Redação - de Brasília e Porto Alegre

 

Chefe afastado da Casa Civil, o ex-deputado Eliseu Padilha deverá efetuar uma tentativa de voltar ao cargo, dentro de mais alguns dias, na tentativa de manter o foro privilegiado. Mas, talvez, não tenha essa oportunidade. Sua permanência no cargo fica cada vez mais difícil, após a Procuradoria Geral da República deixar vazar, para a mídia conservadora, a intenção de investigá-lo. Padilha foi citado no depoimento do empresário José Yunes, melhor amigo do presidente de facto, Michel Temer.

padilha.jpgEliseu Padilha, afastado da Casa Civil, disse que iria se submeter a uma cirurgia na próstata

Ao Ministério Público, Yunes disse que serviu de "mula" (intermediário, no jargão do submundo) para que Padilha viabilizasse o recebimento de um pacote de dinheiro em seu escritório, entregue pelo doleiro Lúcio Funaro. Apenas algumas horas depois de Yunes falar à imprensa, o chefe da Casa Civil pediu licença do cargo. Irá se submeter a uma cirurgia na próstata, como justificou sua viagem, na quarta-feira, a Porto Alegre.

Padilha mora na capital gaúcha, onde deverá passar, neste fim de semana, pela intervenção cirúrgica. Assessores Planalto, falando na condição de anonimato a um dos diários conservadores paulistanos, dizem que ele prolongará a licença. Em tese, ele retornaria a Brasília no dia 6 de março.

O pagamento de dinheiro da Odebrecht para Michel Temer foi entregue no escritório de José Yunes. Esta versão consta também na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho. 

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