A inflação ao consumidor em São Paulo desacelerou significativamente em setembro, mês em que os preços de alimentos tiveram a maior queda desde julho de 2003 e os de tarifas mostraram-se bem mais comportados.
A inflação foi de 0,21% no mês passado, ante a de 0,99% em agosto, que havia sido a maior do ano, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira. A taxa de setembro foi a terceira menor do ano, ficando atrás apenas das de fevereiro e março. Economistas projetavam em média um número de 0,20%, com os prognósticos variando de 0,20% a 0,22%.
Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, previa uma taxa de 0,35%, mas disse que poderia ser surpreendido por uma inflação menor. Entre os grupos do IPC, Alimentação teve declínio de preços de 0,57% contra alta de 1,06% em agosto.
Os de Habitação - que compreendem tarifas como energia elétrica e telefonia fixa - subiram 0,57%, a menor taxa desde julho deste ano, abaixo do avanço de 1,78% no mês anterior.
Transportes também tiveram elevação menor, de 0,44%, ante 1,05% em agosto. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com rendimento de até 20 salários mínimos.
Esse é o primeiro dado de uma semana repleta de indicadores de inflação, sendo o destaque o IPCA de setembro, na sexta-feira.