Indústria cinematográfica recebe fundo de financiamento

Os investidores do mercado de capitais terão mais uma opção de negócio. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a criação do Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcine).

Os recursos do fundo se destinam ao financiamento de obras cinematográficas brasileiras de produção independente e da construção, reforma e recuperação de salas de exibição. O Funcine entra em vigor dentro de 15 dias.

A regulamentação do Funcine prevê a compra de cotas de fundos de investimentos. Os aplicadores do fundo terão abatimento de até 34% do valor investido no Imposto de Renda e de 100% com despesa operacional.

A Agência Nacional de Cinema (Ancine) vai trabalhar em conjunto com a CVM durante a implantação do projeto. O lançamento do projeto foi na sede da CVM. As regras do novo fundo estão contidas na Instrução CVM nº 398, de 28 de outubro de 2003.

Para o presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, será mais vantajoso para o poupador aplicar no Funcine do que em Certificado de Audiovisual.

- O Funcine terá melhores condições de liquidez do que o Certificado de Audiovisual - afirmou, explicando que ainda que o certificado representasse incentivo para o setor, o objeto do investimento era mais restrito e a possibilidade de liquidez, menor.

O secretário-executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, que representou o ministro Gilberto Gil na solenidade de lançamento do Funcine, disse que a iniciativa é fundamental para o desenvolvimento do cinema brasileiro.

- É importante que os investidores possam construir novas salas e investir na comercialização de filmes, para que todos os nossos filmes atinjam um público significativo.