Wolfowitz se reuniu com autoridades da UE nesta quarta-feira, em Bruxelas.
Depois da reunião, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, se referiu repetidamente a Wolfowitz como "o próximo presidente do Banco Mundial". Luxemburgo detém a presidência rotativa da UE. Outros líderes também indicaram que seu nome tem apoio dos europeus.
Wolfowitz é um conservador de direita, que influenciou a favor da guerra no Iraque. Em entrevista coletiva, em Bruxelas, ele disse estar totalmente comprometido com "a nobre missão" do Banco Mundial de ajudar as pessoas a sair da pobreza.
"Eu entendo que sou, dizendo de forma amena, uma figura controversa, mas espero que, na medida em que as pessoas me conheçam, elas vão entender que eu realmente acredito profundamente na missão do Banco", disse ele.
Indicação
A Europa acredita que poderá indicar o nome de um dos vice-presidentes do Banco Mundial. Mas, na entrevista, Wolfowitz não quis responder se nomearia o candidato da França, Jean-Pierre Jouyet, para o posto.
Ele disse que precisava refletir sobre as necessidades dos países doadores e receptores de recursos.
A indicação de Wolfowitz pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush - depois de o veterano unilateralista John Bolton ter sido apontado como embaixador americano na ONU -, foi percebida em alguns setores como uma tentativa de pressionar mais uma instituição multilateral às demandas dos Estados Unidos.
Depois das conversas em Bruxelas, Wolfowitz estava decidido a assegurar aos que têm essas dúvidas que a agenda de desenvolvimento no Banco Mundial continuará acima de tudo.
"É uma missão unificadora e, francamente isso vai ser bom."
Ele prometeu buscar uma equipe de administração "verdadeiramente multinacional", mesmo sem se comprometer com a indicação de um europeu para o posto de vice.
A equipe de dirigentes "precisa refletir o fato de que os países europeus, como grupo, são os maiores doadores do Banco", disse.
"Mas também precisa refletir a total diversidade de doadores e receptores".
"Existem algumas pessoas impressionantes no mundo em desenvolvimento e vou precisar de toda a ajuda que eu conseguir."
Gesto
Entre os críticos da indicação de Wolfowitz estão ONGs e funcionários não identificados do Banco Mundial.
Na entrevista, ele fez gestos de aproximação para ambos, descrevendo os funcionários do Banco como "um grupo extraordinário de profissionais internacionais" e prometendo continuar "a prestar atenção às visões das organização não-governamentais".
Desde a criação das instituições multilaterais de crédito, os Estados Unidos têm indicado o presidente do Banco Mundial e a Europa, o diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Diversos cargos internacionais importantes vão vagar nos próximos meses e candidatos europeus estão entre os favoritos.
Com isso em mente, os líderes europeus estão mostrando falta de interesse em romper os atuais esforços de reconstrução das relações entre Europa e Estados Unidos depois dos desentendimentos em função da guerra no Iraque.
Metas
Mesmo assim, existe inquietação na Europa por medo de que o esforço da ONU de reduzir a pobreza do mundo à metade até 2015 - um compromisso do Banco M