Uma indiana, vítima de estupro, está sendo forçada pelos moradores mais velhos de seu vilarejo a casar com o estuprador, seu sogro, segundo informou um jornal nesta quarta-feira.
Lideranças comunitárias de Charthawal, que receberam apoio de clérigos muçulmanos, acreditam que os 10 anos de casamento dela acabaram sendo anulados devido ao estupro, sob leis islâmicas, informou o jornal The Asian Age.
Em uma reunião especial no domingo, líderes do vilarejo determinaram que a mulher, de 28 anos e mãe de cinco filhos, deixasse o marido, Noor Mohammed, para viver com os pais durante sete meses e 10 dias a fim de se tornar "pura" outra vez, disse o jornal. Não foram dados detalhes, no entanto, sobre como ela se tornaria pura novamente.
Depois disso, ela deve se "casar" como o sogro e viver com ele, junto com a mulher legal do homem.
- Ela... será então como uma mãe de Noor Mohammed - afirmou o clérigo local Shamim Ahmad, segundo o jornal.
Os quatro irmãos da mulher concordaram com a decisão.
A polícia investiga o caso e disse que pretende prender o sogro. Os policiais não quiseram comentar a decisão dos líderes mais velhos, alegando que é uma questão religiosa delicada.
O vilarejo fica em Uttar Pradesh, um dos Estados mais pobres e mais populosos da Índia, com mais de 165 milhões de habitantes.