Yasser Arafat pode estar morto, mas sua imagem e espírito pairam sobre a batalha para sucedê-lo. Sete candidatos lançaram neste sábado suas campanhas, ressaltando ligações com o líder.
Há poucas diferenças nas posições oficiais dos aspirantes: todos prometem trabalhar para pôr fim à ocupação israelense e consolidar o Estado Palestino, bem como combater a corrupção.
Mas Mahmoud Abbas, moderado com apoio dos Estados Unidos e proveniente do movimento de Arafat, o Fatah, parece ser o favorito. Ele chegou a pedir a interrupção da luta armada e a retomada das negociações com Israel para a criação de um Estado palestino.
Cada um dos sete candidatos tentou conquistar os eleitores identificando-se com o carismático Arafat, que deu aos palestinos os primeiros pilares de um Estado, apesar de ter sido posto da lado por Israel e pelos Estados Unidos, que o consideravam um obstáculo para a paz.
Apesar dos desentendimentos com Arafat, que morreu em um hospital de Paris no dia 11 de novembro, Abbas iniciou sua campanha com um anúncio no jornal mostrando os dois lado a lado. Seu novo site na Internet traz a mesma imagem.
O principal adversário, Mustafa Barghouthi, que prega a luta sem violência, foi além, vestindo o famoso lenço xadrez preto e branco tornado símbolo da luta palestina por Arafat.