Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

IGP-M registra menor índice de toda a sua história

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Quinta, 29 de Dezembro de 2005 às 09:42, por: CdB

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) caiu 0,01% em dezembro, o suficiente para fechar 2005 com alta de 1,21%, a menor da série histórica, iniciada em 1989, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Em novembro, o IGP-M havia registrado inflação de 0,40% e em 2004, de 12,4%. Economistas de 100 instituições financeiras, ouvidos esta semana pela pesquisa Focus, do Banco Central, previam deflação de 0,05% em dezembro e alta de 1,16% para 2006.

O Índice de Preços no Atacado (IPA) caiu 0,27% em dezembro, ante alta de 0,40% em novembro. Em 2005, o componente teve queda de 0,96%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,52% neste mês, contra alta de 0,46% no anterior. No ano, houve alta de 4,98%. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) teve variação positiva de 0,38% no mês, ante 0,29% em novembro, encerrando 2005 com variação positiva de 6,84%.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, sendo o principal indicador usado no reajuste das tarifas de energia e da maioria dos contratos de aluguel, o que aponta para reajustes menores também nestes setores. Para 2006, analistas de mercado acreditam que o IGP-M chegue a 4,55%.

Inflação

Para 2005, o BC elevou a projeção de inflação a um nível acima da meta ajustada de 5,1% e reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,6%. Para 2006, a projeção da autoridade monetária é que o cenário macroeconômico melhore, com crescimento de 4% e a inflação em baixa, mas o IPCA ainda corre o risco de superar o centro da meta.

Levando em conta um cenário de referência que supõe taxa de juros estável em 18% ao ano e taxa de câmbio próxima a R$ 2,25 por dólar, o BC calcula que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 5,7% em 2005, em 3,8% em 2006 e alcance 3,6% em 2007. Em seu relatório de setembro, o BC apostava em inflação de 5% para este ano e de 3,5% para o próximo.

Em um cenário alternativo, que considera os parâmetros de mercado para a Selic e o dólar, BC estimou inflação de 5,7% este ano, de 4,9% em 2006, com elevação de 0,1 ponto percentual em relação a setembro, e de 5,3% em 2007. A meta para o IPCA em 2006 é de 4,5%, com margem de tolerância de 2,0 pontos percentuais.

- Essa elevação (da estimativa para inflação) nos horizontes mais curtos deve-se, sobretudo, aos resultados desfavoráveis e não antecipados da inflação no período outubro-novembro - afirmou o BC no relatório.

Os prognósticos para a inflação no próximo ano foram favorecidos pela apreciação da taxa de câmbio em relação ao relatório de setembro, pelo menor ritmo de crescimento da atividade econômica em 2005 e pela redução nas projeções de preços administrados para o ano, afirmou o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua.

- (Esses fatores), em grande medida, compensaram os efeitos sobre a inflação de 2006 de dois fatores desfavoráveis: a menor taxa de juros considerada e a inércia associada à maior inflação verificada no quarto trimestre de 2005 - disse Bevilaqua.

Atacado

Houve uma forte queda dos preços no atacado, em dezembro, embora na ponta do varejo as taxas de desvalorização do real tenham observado uma certa elevação. O Índice de Preços no Atacado (IPA-M), com peso de 60% na taxa final da inflação brasileira, caiu de 0,40% em novembro para -0,27% este mês, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor ( IPC-M), que compõe 30% do IGP-M, teve sua taxa de variação aumentada de 0,46%, em novembro, para 0,52%, em dezembro; e o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) também subiu de 0,29% em novembro, para 0,38% em dezembro.

No campo, os preços dos produtos agrícolas para o mercado atacadista também caíram, na ordem de 0,99% para 0,30%. Os produtos industriais, o entanto, saíram de uma variação positiva de 0,21% em n

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