Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

IGP-10 registra deflação de 0,69%

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Quinta, 15 de Setembro de 2005 às 08:44, por: CdB

O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, apresentou deflação de 0,69% em setembro, registrando a  quarta deflação mensal consecutiva. Considerando o mês de maio, quando o índice ficou estável, são cinco meses, na média, sem avanço de preços.

A queda de preços em setembro foi mais intensa do que no mês anterior, quando o indicador havia registrado deflação de 0,52%.

Os preços no atacado aprofundaram a queda e passaram de -0,78% em agosto para -0,91% em setembro. O aumento de fôlego da deflação no atacado ocorreu em razão da queda ainda maior dos preços dos produtos agrícolas. Eles passaram de -1,56% para -3,02% em setembro. No mesmo período, os produtos industriais mostraram aceleração e passaram de -0,52% para -0,23%.

O efeito do recuo nos preços dos produtos agrícolas pode ser verificado nos preços dos bens finais (produtos acabados). A taxa passou de -0,11% em agosto para -1,64% em setembro, influenciada pelo comportamento dos alimentos in natura e dos alimentos processados.

Os bens intermediários (insumos industriais) tiveram aceleração e passaram de -0,14% para 0,74% em setembro, com a alta dos preços dos combustíveis e lubrificantes para a produção.

As matérias-primas brutas registraram taxa igual a do mês anterior: -1,46%. A FGV destaca a queda mais acentuada nos preços de produtos como leite in natura (-6,77%), soja (-5,25%) e arroz em casca (-7,0%). Outros itens como aves (3,87%), café em coco (1,91%) e cana-de-açúcar (1,70%) tiveram aceleração.

Os preços ao consumidor recuaram de -0,07% para -0,36%. Os grupos Alimentação e Habitação foram os que mais contribuíram para a queda de preços, com a menor taxa de produtos como hortaliças e legumes e do item luz, gás e telefone.

Os custos na construção civil ficaram estáveis em setembro. Em agosto, a taxa havia ficado em 0,09%. Materiais e mão-de-obra mostraram desaceleração.

No ano, o IGP-10 acumula alta de 0,57% e nos últimos 12 meses, de 2,42%.
Os preços foram coletados entre os dias 11 de agosto e 10 de setembro.

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