Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Ignorado no G20, Temer antecipa retorno e já se encontra no Jaburu

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Terça, 06 de Setembro de 2016 às 09:54, por: CdB

No G20, Temer teve sua experiência inicial como ocupante do Palácio do Planalto, em sua primeira viagem oficial ao exterior, uma vez consolidado no cargo após a deposição da presidenta Dilma Rousseff

 
Por Redação, com agências internacionais - de Brasília e Hangzhou, China
  O presidente de facto, Michel Temer, desembarcou da frustrada viagem à China, antecipada em mais de três horas após o cancelamento de agendas com chefes de Estado, no encontro do G20. Temer foi tratado friamente pela maioria dos presidentes do grupo, todos eleitos democraticamente por seus povos. A expectativa era de que o avião presidencial pousasse na Base Aérea de Brasília às 14h30 desta terça-feira, mas o avião destinado ao transporte de presidentes da República pousou por volta das 11h. Da base aérea, foi foi direto ao Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, sem falar com a imprensa. Esperavam por Michel Temer o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que assumiu interinamente a Presidência da República enquanto o presidente de facto encontrava-se fora do país. Na China, Temer teve sua experiência inicial como ocupante do Palácio do Planalto, em sua primeira viagem oficial ao exterior, uma vez consolidado no cargo após a deposição da presidenta Dilma Rousseff. Na condição de mandatário ilegítimo, Michel Temer foi o único dirigente a não ter seu nome citado na lista de presença do encontro do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo todos os anos. Em vez de apresentar o nome de Michel Temer, a lista elencou "líder brazileiro" (com grafia errada), mesmo três dias após cassado o mandato de Dilma Rousseff.
temer-china.jpgTemer, o primeiro na fileira de baixo, distante dos demais líderes e em posição fácil para ser cortado da foto oficial do G20
No evento, realizado em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, na China, Temer foi levado por integrantes do cerimonial a posar, na foto oficial, distante dos demais chefes de Estado e em uma posição na qual pode ser excluído do quadro com um simples corte na fotografia. Iniciada no domingo a reunião terminou nesta segunda-feira. Após o término do encontro, não foi agendada qualquer reunião bilateral posterior, como seria possível, em condições normais. O Correio do Brasil encaminhou mensagem aos organizadores para esclarecer o motivo da omissão ao nome de Temer, mas não obteve retorno até às 12h desta terça-feira, no fechamento desta edição.

Esqueceram de Temer

No documento, distribuído aos participantes do 11º Encontro do G20, sediado em Hangzhou, Zhejiang, em 4 e 5 de setembro, os organizadores distribuíram a seguinte lista: Os seguintes líderes dos países-membros do G20 irão comparecer ao encontro a convite do presidente Xi Jinping: • Presidente Mauricio Macri, da Argentina; líder brazileiro; presidente François Hollande, da França; presidente Joko Widodo, da Indonésia; presidente Park Geun-hye, da ROK; presidente Enrique Pena Nieto, do México; presidente Vladimir Putin, da Rússia; presidente Jacob Zuma, da África do Sul; presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia; presidente Barack Obama, dos EUA; primeiro-ministro Malcolm Turnbull, da Austrália; primeiro-ministro Justin Trudeau, do Canadá; chanceler Angela Merkel, da Alemanha; primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia; primeiro-ministro Matteo Renzi, da Itália; primeiro-ministro Shinzo Abe, do Japão; primeira-ministra Theresa May, do Reino Unido; presidente Donald Tusk, do Conselho Europeu; presidente Jean-Claud Juncker, da Comissão Europeia; vice-primeiro-ministro da Arábia Saudita, príncipe Muhammad bin Salman Al Saud da Arábia Saudita; presidente Idriss Deby, de Chade; presidente Abdel Fatah al-Sesi, do Egito; presidente Nursultan Nazarbayev, do Casaquistão; presidente Bounnhang Vorachith, de Laos; presidente Macky Sall, de Senegal; primeiro-ministro Lee Hsien Loong, de Cingapura; primeiro-ministro Mariano Rajoy, da Espanha; primeiro-ministro Prayut Chan-ocha, da Tailândia; secretário-geral da ONU Ban Ki-moon; presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim; diretora do FMI, Christine Lagarde; diretor-geral do WTO, Roberto Azevedo; diretor-geral Guy Ryder, da Organização Internacional do Trabalho; presidente Mark Carney, do Financial Stability Board; a secretária-geral Angel Gurria, da OECD.
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