O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, disse que o governo federal pretende fazer o recadastramento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até o final de dezembro. Até lá, todos os idosos acima de 90 anos terão que se recadastrar, mas nem todos são obrigados a ir aos postos para fazer a regularização.
Nesta quinta-feira, alguns beneficiários idosos tiveram problemas para se deslocar até as agências do INSS para fazer o recadastramento exigido pelo governo para que continuem a receber os benefícios. A medida fez com que idosos, muitos deles com dificuldade de locomoção, se dirigissem às agências da Previdência, o que provocou transtornos e até mesmo tumultos em alguns postos.
A confusão nas agências motivou Berzoini a suspender a norma do INSS que bloqueou o pagamento dos benefícios aos idosos com mais de 90 de anos ou com mais de 30 anos na condição de beneficiário. A medida estava em vigor desde segunda-feira.
"Vamos estudar formas de evitar mais transtornos aos idosos. O Ministério pretende bloquear os benefícios somente a partir de janeiro", disse em entrevista ao telejornal "Bom Dia Brasil". Berzoini criticou as equipes do INSS de agências em que houve transtornos para os beneficiários e disse que vai apurar as causas dos tumultos.
Berzoini disse que houve problemas localizados, principalmente em algumas agências do Rio de Janeiro, "onde há um nível muito elevado de fraudes".
O ministro disse que os problemas registrados ontem em algumas agências ocorreram devido à falta de informação. Ele afirmou que os idosos que não podem se locomover devem agendar uma visita de um agente do INSS para estes irem até as casas dos beneficiários e fazerem o recadastramento.
"As pessoas de fora e de dentro do INSS não entenderam a determinação. O objetivo desde o início era reduzir os transtornos", afirmou. "Não há um cadastro eficiente, por isso é difícil manter um contato direto com os beneficiários", alegou.