A primeira forma de se combater a Aids é não discriminar. Esta é a frase escrita pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, que se juntou a 300 adolescentes na confecção da colcha de retalhos estendida na Praça dos Três Poderes para simbolizar a solidariedade da população às pessoas que estão com Aids e lembrar as mais de 100 mil vítimas que já morreram no Brasil com a doença.
De acordo com o ministro, o país tem atualmente o que comemorar: o número de pessoas que morrem com Aids no país corresponde à metade do total estimado pelas estatísticas internacionais.
O Brasil, acrescentou Costa, pode comemorar por ser um dos pioneiros na introdução do tratamento com medicamentos anti-retrovirais para todas as pessoas.
O ministro anunciou ainda negociações para o uso de um novo medicamento, com uma redução de 75% no preço, e também para a produção deste medicamento no Brasil.
Ainda segundo o ministro, outro medicamento teve redução de 25% e para o anti-retroviral em que não se conseguiu ainda redução do preço, o Ministério da Saúde não descarta a possibilidade de quebra da patente: "A expectativa é de que ela possa acontecer".
O ato simbólico na Praça dos Três Poderes foi acompanhado por uma apresentação da bateria da escola de samba carioca Acadêmicos do Grande Rio, que executou o samba-enredo para o próximo Carnaval. Com o título "Pecado é não usar", o samba defende o uso da camisinha como a forma mais eficaz de prevenção à Aids.