Cerca de uma semana após o assassinato do cineasta Theo van Gohg por um radical islâmico, os ministros holandeses da Justiça e do Interior anunciaram, na noite desta quarta-feira, uma série de medidas contra o terrorismo e o “radicalismo violento”.
O Governo vai tramitar com caráter de urgência uma proposta de lei que permitirá retirar a cidadania holandesa das pessoas com dupla nacionalidade quando “atentarem contra interesses vitais do Estado”, explicaram os ministros na carta ao Parlamento. Mohammed Buyeri, suspeito da morte do cineasta, tem dupla nacionalidade (marroquina e holandesa).
Os ministros vão intensificar a vigilância das pessoas envolvidas em atividades radicais ou terroristas e criarão uma unidade de investigação especializada em terrorismo.
Para contrabalançar a influência do radicalismo islâmico, o Governo pretende promover as idéias de pensadores liberais muçulmanos, além de tomar medidas para lutar contra as discriminações sofridas pelos jovens de origem estrangeira no mercado de trabalho e no lazer.