Fichas médicas francesas mostram que é altamente improvável que envenenamento ou Aids tenham causado a morte do presidente palestino Yasser Arafat em um hospital de Paris no ano passado, informou o jornal New York Times na quinta-feira.
Em um artigo a partir de Jerusalém, o diário disse ter obtido o histórico médico e que ele indica que Arafat morreu de um derrame resultante de um sangramento causado por uma doença desconhecida.
A revisão independente das fichas, afirmou o New York Times, mostrou que, apesar de vários testes, os médicos de Arafat não conseguiram descobrir a doença que o matou.
Arafat morreu no dia 11 de novembro, aos 75 anos, depois de ser transferido de seu QG na Cisjordânia para um hospital militar francês.
A aparência do ex-líder palestino na saída da Cisjordânia, quando embarcava em um helicóptero, levou a especulações de que ele sofreria de Aids.
Mas o jornal disse que especialistas consultados para examinar as fichas médicas a seu pedido afirmaram que o desenvolvimento da doença e o padrão dos sintomas de Arafat tornavam improvável se tratar de Aids.
- Eles também disseram que envenenamento foi altamente improvável - acrescentou o jornal, embora algumas autoridades palestinas continuem a alegar isso.
Segundo o New York Times, uma autoridade palestina de alto escalão, não identificada, deu as fichas médicas a dois jornalistas israelenses, que concordaram em compartilhá-las com o jornal dos EUA.