Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Heloísa Helena não decidiu se concorrerá pelo PSTU

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Segunda, 01 de Setembro de 2003 às 07:27, por: CdB

Mesmo agradecida pela oferta do PSTU - de emprestar a legenda para a disputa das eleições de 2004 -, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) ainda não sabe se mudará de partido. O PSTU está disposto a emprestar a legenda para a senadora disputar as eleições para a prefeitura de Maceió em 2004. Ela disse que ainda tem tempo para decidir seu futuro eleitoral.

"Temos um mês perante os meus 40 anos de sofrimento. É pouco tempo e eu agüento", declarou por telefone. Pelas regras do país, o candidato precisa estar filiado há pelo menos um ano na mesma legenda para disputar as eleições. O pleito de 2004 ocorre em outubro. E o PT adiou para outubro a análise da expulsão dos chamados radicais do partido.

Apesar do pouco tempo que lhe resta, Heloísa Helena afirmou que não tomou nenhuma decisão ainda. "Gosto muito do efeito surpresa. Eu diria se já tivesse tomado alguma decisão. Porque não agüento a dissimulação típica da política. Eu vou ver, quando o dia chegar. Na dúvida eu sigo o coração", afirmou a senadora.

Heloísa Helena disse que nunca esteve tão triste em sua carreira política. "Nunca chorei tanto como agora quando estou sendo ameaçada de expulsão do PT. Nem nos períodos mais difíceis, quando eu quase fui esmagada como mulher, como militante política".

Ela aproveitou para criticar as alianças do PT com inimigos históricos do partido, como Luiz Otávio, indicado para o Tribunal de Contas da União. "Estou profundamente triste por ser ameaçada de expulsão por querer intervir no debate programático enquanto muitos delinquentes da política brasileira estão sendo acolhidos e chamados a partilhar do aparelho de Estado", afirmou.

Apesar da tristeza, a senadora disse que os militantes do PT é que a mantém no partido. "São os corações generosos e valentes do PT que me seguram no partido. Caso contrário, teria outros caminhos mais fáceis: beijar a mão dos que estão no Palácio encantados com o poder ou ser carinhosamente acolhida numa outra legenda eleitoral".

Ela disse que a vaidade de disputar as eleições de 2004 não influenciarão a decisão sobre seu futuro político. "Estar bem numa pesquisa não quer dizer nada. Já estive em primeiro lugar e já perdi. Isso não pode estimular a nossa vaidade. O difícil é saber do sentimento e do carinho das pessoas que querem votar em mim mesmo com essa humilhação toda que venho sofrendo", concluiu. 

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