Ismail Haniya, um dos principais líderes do Hamas, fez um apelou à União Européia (UE) nesta segunda-feira para que não suspenda a remessa de recursos à Autoridade Palestina. O apelo de Haniya coincide com reunião dos ministros de relações exteriores dos países da UE em Bruxelas para discutir a suspensão da ajuda depois da vitória do grupo militante nas eleições. Haniya pediu conversasões sem condições entre o Hamas e os doadores internacionais, dizendo que nenhum dinheiro de ajuda seria usado para financiar ataques a Israel.
No domingo, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, disse que a União Européia não vai financiar a Autoridade Palestina a menos que o Hamas abdique do uso de violência contra Israel. A UE é o maior doador de recursos para a Autoridade Palestina, com cerca de US$ 606 milhões (cerca de R$ 1,34 bilhão).
- Essa Autoridade Palestina não pode receber dinheiro da União Européia - disse Merkel.
As declarações foram feitas logo após o encontro de Merkel com o premiê interino de Israel, Ehud Olmert, em Jerusalém. O quarteto formado pelos EUA, União Européia, ONU (Organização das Nações Unidas) e Rússia, que vêm trabalhando no processo de paz no Oriente Médio, também deve se reunir em Londres nesta segunda-feira para discutir a inesperada vitória do grupo militante Hamas nas eleições parlamentares da última quarta-feira.
Os Estados Unidos já haviam declarado que poderiam cortar sua ajuda anual de US$ 400 milhões após a vitória popular do Hamas. Tanto os EUA como a União Européia classificam o Hamas como um grupo terrorista. A Autoridade Palestina sempre contou com ajuda financeira internacional, e outros doadores como o Japão e países árabes também estão revendo suas posições.