O tenista brasileiro Gustavo Kuerten estréia na temporada nesta terça-feira, em Auckland (Nova Zelândia), garantindo possuir no repertório jogadas capazes de surpreender seus adversários.
"Os caras estudaram demais o meu jogo, sabem como eu me movimento. Eles procuraram explorar demais as bolas curtas. Mas eu já tenho o antídoto", promete.
Como todo bom segredo, Guga reluta em revelar os seus para a temporada de 2004. Sabe-se que em sua especialidade, o saibro, vai explorar mais a temida esquerda.
"Temos [Guga e Larri Passos, seu treinador] consciência de que minha esquerda destrói. Vamos procurar utilizá-la mais", conta o jogador.
O jogo de fundo de Kuerten também deve experimentar modificações. A exigência é do treinador, que quer um Guga definidor, mas um pouco mais paciente do que no ano passado.
"Vou procurar, principalmente no saibro, trocar mais bolas. Com paciência, lentamente, sei que posso vencer qualquer um", recitou, otimista, o tricampeão de Roland Garros.
Mas o que reserva 2004 para o brasileiro? Pode ser o ano da redenção. Desde 1997, quando ganhou o primeiro título de Roland Garros, Guga teve que provar, temporada por temporada, que continua sendo um tenista de nível. Atingiu o auge em 2000, quando terminou o circuito com o título da Corrida dos Campeões e número 1 do planeta.
A cirurgia do quadril, em fevereiro de 2002, tirou um pouco da confiança do tenista brasileiro e causou, a princípio, problemas no seu condicionamento físico. Mas tudo já foi superado, segundo o próprio Guga: "Minha movimentação lateral está ótima. A frontal também. Me sinto bem e pronto para realizar uma ótima temporada. Nunca me preparei tanto como para este ano de 2004. O Larri (Passos, treinador do brasileiro) exigiu demais de mim. Fizemos treinamentos puxados que servirão de base para todo o ano", afirmou Guga.