Um grupo de índios da Bahia, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Tocantins entregou, nesta sexta-feira, um abaixo-assinado a representantes da Casa Civil, no Palácio do Planalto, pedindo mais ações governamentais para o fim da violência contra os povos indígenas e pela demarcação de suas terras.
A informação é da assessoria de imprensa do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
As cerca de duas mil assinaturas do documento foram colhidas durante a realização do 11º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base, ocorrido na semana passada, entre os dias 19 e 23 de julho, na cidade mineira de Ipatinga.
Aproximadamente seis mil pessoas participaram do evento, que contou ainda com mais de 80 lideranças indígenas.
Durante o encontro no Planalto, o grupo também tratou com os interlocutores do governo da questão da terra indígena Nhande Ru Marangatu, cuja aprovação foi suspensa provisoriamente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, por meio de uma liminar concedida a fazendeiros sul-mato-grossenses.
Na terra de 9 mil hectares, localizada no Mato Grosso do Sul, vivem tradicionalmente os índios da etnia Kaiowá-Ñandeva.