Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Governo sírio segue comprometido com o diálogo, segundo chanceler

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Sexta, 14 de Fevereiro de 2014 às 12:11, por: CdB
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Delegação do governo da Síria, liderada pelo chanceler Walid al-Moallem (à esq.), na Conferência Internacional "Genebra 2", na Suíça
O chanceler sírio, Walid al-Mualem assegurou, nesta quinta-feira, que o governo mantém-se comprometido com o previsto pelo Comunicado de Genebra, resultado da primeira Conferência Internacional sobre a Síria (Genebra 1), em junho de 2012, e reafirmado na primeira rodada de Genebra 2, no final de janeiro deste ano. Os envolvidos no conflito voltam a reunir-se com o representante da Organização das Nações Unidas (ONU), Lakhdar Brahimi, nesta sexta-feira. - O governo está decidido a continuar esta rodada com seriedade, disposição e responsabilidade para implementar o Comunicado de Genebra e retomar o diálogo, para colocar um fim na violência e (conduzir) a luta contra o terrorismo - disse o ministro sírio das Relações Exteriores, durante um encontro com o vice-chanceler russo em Genebra, Suíça, Guennadi Gatílov. Al-Mualem, que encabeça a delegação atual do governo sírio nos diálogos com a Coalizão Nacional Síria, que diz representar a oposição (com o patrocínio e o apoio político do Ocidente e de vizinhos regionais), disse ainda que as autoridades sírias continuam “comprometidas com a via política para acabar com o conflito” e garantiu a presença da equipe governamental na próxima rodada de diálogos, caso se chegue a um acordo com a oposição sobre a data. Ainda na quinta-feira, o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, lamentou que ainda não tenha havido avanços consideráveis sobre a implementação do Comunicado de Genebra, que define o estabelecimento de um governo transicional de acordo com as posições de todas as partes envolvidas no conflito. Foi apenas nesta semana que a CNS deixou de lado a exigência de demissão do presidente sírio, Bashar al-Assad, entretanto, demanda em que era apoiada pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, entre outros ocidentais, e pela monarquia saudita e a vizinha Turquia, na continuidade da sua política de ingerência nos assuntos internos da Síria. O governo, entretanto, continuava enfatizando que esta escolha diz respeito apenas ao povo sírio, eleitoralmente, e que a prioridade é o combate ao terrorismo, disseminado pela região graças à instabilidade de três anos de confrontos violentos, com grande responsabilidade do Ocidente e dos vizinhos que apoiam e munem os paramilitares nos embates contra as forças sírias. O vice-chanceler sírio, Faisal Al-Meqdad, criticou a oposição por impedir o estabelecimento de uma agenda para os diálogos de paz e recusar-se a discutir a luta contra o terrorismo, primeiro ponto indicado pelo Comunicado de Genebra. Ainda que o mediador da ONU para a Síria tenha se mostrado pessimista sobre o progresso das conversações de paz, ele reúne-se novamente com os representantes do governo e da CNS nesta sexta-feira, enfatizando que é crucial manter o diálogo político e a diplomacia, postergada por meses devido às exigências da oposição de destituição de Assad como precondição para o diálogo.
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