O governo Bush tem confiança no secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e não defende sua renúncia, disse na quinta-feira o embaixador norte-americano na entidade, John Danforth.
Vários parlamentares republicanos dos EUA pediram a demissão de Annan, acusando-o de não ter coibido a corrupção no programa da ONU que previa a troca de petróleo por alimentos no Iraque, sob supervisão dos 15 países do Conselho de Segurança.
Mas Danforth disse que estava representando a opinião da Casa Branca e do Departamento de Estado a favor de Annan. "Estamos expressando confiança no secretário-geral e na sua continuação no cargo", disse ele a jornalistas. "Até onde eu sei, ninguém pôs em dúvida a integridade pessoal do secretário-geral. Trabalhamos bem com ele, e esperamos trabalhar no futuro."
Apesar disso, ele afirmou que o governo quer investigações sobre o escândalo. "A única forma de dissipar essa nuvem é permitindo a entrada do sol", afirmou.
Declarações anteriores da Casa Branca enfatizavam a importância de uma investigação aberta, mas não faziam comentários pessoais sobre Annan. Na semana passada, países africanos, europeus e de outras regiões se manifestaram abertamente a favor do secretário-geral.