O Governo britânico negou neste domingo que tenha se iniciado uma "investigação interna" sobre possíveis erros dos serviços secretos, que no ano passado descartaram que um dos supostos terroristas suicidas do 7 de julho fosse uma ameaça.
O ministro de Assuntos Constitucionais, Charles Falconer, declarou que "não é hora" para uma investigação deste tipo, mas para decidir que ações legais são necessárias contra o terrorismo.
Desta forma, o Governo tenta minimizar as informações que apontam que o serviço de contra-espionagem MI5 excluiu em 2004 Mohammed Sidique Khan, um dos supostos autores dos atentados em Londres, de suas investigações antiterroristas.
O MI5 considerou na ocasião que Khan era só "um vínculo indireto" com suspeitos de planejar um atentado contra uma discoteca no centro de Londres.
Aparentemente, este britânico de origem paquistanesa conhecia um homem que, por sua vez, estava em contato com os autores deste plano.
Para Falconer, esta informação não implica que os ataques terroristas, que deixaram pelo menos 55 mortos e cerca de 700 feridos, foram fruto de erros nos serviços secretos.
"Temos que aprender lições e esta é a razão pela qual trabalhamos por uma nova legislação (antiterrorista)", disse o ministro.