Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Gilberto Gil vê processo lento de integração entre países pobres

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Segunda, 14 de Junho de 2004 às 10:11, por: CdB

O ministro Gilberto Gil vê o aumento do comércio entre os países pobres como uma forma de contraposição às determinações das nações mais ricas em escala global e diz que, embora lento, o desenho de uma nova geografia comercial está em formação desde a Segunda Guerra Mundial.

"Não é que todas as condições estejam dadas, esse processo vai acontecendo aos poucos", disse ele à Reuters na segunda-feira, antes da abertura oficial da 11a. Conferência Internacional para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), em São Paulo.

"Não é que vai se sair daqui, depois dessa conferência, com todos os problemas resolvidos; mas eu acho que ajuda um pouco."

No domingo, Gil fez um show para parte dos 6.000 delegados de 170 países que comparecerão ao evento para discutir como se organizar por um comércio internacional mais justo e chegar ao desenvolvimento sustentado de suas economias.

Embora fundada há 40 anos como a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover o desenvolvimento, a UNCTAD tem sido criticada por fazer pouco para impedir que a globalização da economia aumente a diferença entre países ricos e pobres.

Segundo a agência, o Produto Interno Bruto (PIB) médio per capita nos países desenvolvidos foi 17 vezes maior que o dos países em desenvolvimento no início dos anos 1990, e essa proporção aumentou para 20 por 1 na entrada do novo milênio.

Apesar da participação dos países em desenvolvimento no comércio mundial ter passado de 24 por cento para 32 por cento entre 1990 e 2000, o aumento nas exportações não se traduziu em um crescimento acelerado do PIB, indica a organização não-governamental Oxfam.

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