O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse, nesta sexta-feira, ao proferir palestra no seminário O Golpe de 64 - 40 anos depois, no Museu do Homem do Nordeste, que a ditadura militar aconteceu no momento de efervescência cultural e dinamizou as relações entre música, teatro e literatura no país.
Segundo Gil, no regime militar esses setores, produtores do discurso nacional, que sofreram a lei da mordaça, ficaram com a tarefa de manifestar o repúdio à ditadura. O ministro foi preso e exilado, em 1969, passando a viver três anos em Londres, onde morou com o cantor Caetano Veloso, também vítima do regime.