Um general iraniano colaborou com a Al Qaeda ao ajudar nove dos ativistas envolvidos nos ataques de 11 de setembro de 2001 a atravessar o país, disse o jornal Asharq al-Awsat, nesta segunda-feira.
"Um general do aparato (Guarda Revolucionária), em coordenação com o segundo homem mais importante da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri, deu livre trânsito para cerca de nove dos envolvidos nos ataques", disse o diário publicado em árabe na Grã-Bretanha.
A fonte dessa informação seria uma autoridade da Guarda Revolucionária do Irã. Zawahri, que pediu a ajuda, teria tido contato com o general desde o começo dos anos 1990. Abdullah Ramazanzadeh, porta-voz do governo iraniano, exigiu que o jornal apresentasse provas da história.
"Se eles possuem provas concretas, então devem entregá-las à Organização das Nações Unidas, e se eles realmente confiam em suas fontes devem nos dizer quem são elas", disse o porta-voz.
Uma comissão norte-americana deve divulgar, em relatório a ser divulgado nesta semana, que alguns dos sequestradores do 11 de setembro passaram pelo Irã a caminho dos Estados Unidos. Mas o diretor em exercício da CIA (agência de inteligência norte-americana) afirmou não haver provas da cumplicidade do governo iraniano no caso.
O Irã reconheceu que alguns dos 19 ativistas envolvidos nos ataques podem ter passado pelo país ilegalmente. Segundo o país, qualquer tentativa de ligá-lo ao grupo de Osama bin Laden era parte das campanhas eleitorais realizadas neste ano nos EUA.
Cerca de 3.000 pessoas morreram quando aviões civis foram jogados pelos sequestradores contra o World Trade Center (Nova York) e contra o Pentágono (Washington). Os ataques foram atribuídos à rede Al Qaeda, que possuía bases no Afeganistão, país vizinho ao Irã.