O grupo norueguês de energia Statoil afirmou na sexta-feira que os custos de desenvolvimento do primeiro campo de gás natural na região ártica da Europa subiram 14, para 9,2 bilhões de dólares, adiando o início da produção em oito meses, para 2007.
- Este não é um bom dia para a Statoil. Este não é um bom dia para mim - isso é minha responsabilidade - disse o presidente-executivo da companhia, Helge Lund, sobre o aumento dos custos no campo Snoehvit.
A notícia foi divulgada pouco antes da Statoil ser escolhida pela russa Gazprom, junto com outras quatro companhias estrangeiras, para tomar parte de um projeto de US$ 20 bilhões para o desenvolvimento do campo gás russo Shtokman, muito maior que o Snoehvit.
Quando o projeto de gás natural liquefeito foi aprovado pelo parlamento norueguês em 2002, os custos eram estimados em 39,5 bilhões de coroas (US$ 6,23 bilhões). A Statoil informou que a maior parte dos custos adicionais ocorreram pela construção de instalações de processamento em terra no norte da Noruega.
A Statoil informou que o início das atividades no campo, capaz de produzir 5,5 bilhões de metros cúbicos de gás por ano na primeira fase, será atrasado em oito meses, para junho de 2007.
Lund disse que não acredita que o revés possa afetar as chances da Statoil de se tornar parte do projeto Shtokman.
- A Gazprom... conhece o status de pioneirismo do Snoehvit - afirmou o executivo.
E a companhia estatal informou que o aumento dos custos não vai alterar sua crença de que o Ártico é uma área imensamente promissora. Segundo algumas estimativas, a região pode conter 25% das reservas mundiais não descobertas.
Tanto Snoehvit e Shtokman vão produzir gás que será vendido principalmente para os Estados Unidos. O gás liquefeito é congelado a 162 graus Celsius negativos o que reduz seu volume para ser transportado. Quando chega a um terminal de regasificação, o produto volta ao seu estado natural e é distribuído por gasodutos.
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Sexta, 16 de Setembro de 2005 às 08:06, por: CdB