Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Ganhador do Pulitzer afirma que EUA mentem sobre bin Laden

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Segunda, 11 de Maio de 2015 às 08:40, por: CdB
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De acordo com Hersh, os serviços secretos do Paquistão acharam bin Laden em 2006 e ele foi capturado e encerrado na prisão
  A versão de Washington de como o “terrorista número um” Osama bin Laden foi realmente morto não corresponde à verdade, segundo um jornalista norte-americano.
A opinião foi expressa num artigo do jornalista norte-americano Seymour Hersh, ganhador do Prêmio Pulitzer. Ele afirma estar na posse de dados de uma fonte próxima do presidente dos EUA, Barack Obama. De acordo com a fonte, a “corajosa” operação de soldados da unidade SEAL (na sigla em inglês) da Marinha dos EUA no Paquistão foi simplesmente uma das operações de eliminação de um prisioneiro paquistanês na prisão.
O artigo de Seymour Hersh pretende ser "uma versão alternativa da guerra contra o terrorismo", escreve a revista norte-americana Business Insider. Com base em informações de uma fonte não identificada próxima do presidente Obama, o jornalista afirma que a Casa Branca mente abertamente sobre o tema do assassinato do chefe da Al-Qaeda Osama bin Laden em maio de 2011. De acordo com a versão oficial, bin Laden foi morto na sua casa nos arredores da cidade paquistanesa de Abbottabad, como resultado da operação realizada pelas forças especiais dos EUA. Após uma série de exames, o corpo do terrorista foi em segredo sepultado no mar. Enquanto o presidente Obama elogia a operação na casa de bin Laden no Paquistão, Seymour Hersh apresenta uma versão alternativa do que aconteceu. Segundo ele, os norte-americanos receberam ajuda de altos funcionários paquistaneses. Além disso, o jornalista nega que o líder da Al-Qaeda estivesse escondido no Paquistão e que os soldados de SEAL o tivessem descoberto. De acordo com Hersh, os serviços secretos do Paquistão acharam bin Laden em 2006 e ele foi capturado e encerrado na prisão. O chefe da Al-Qaeda foi usado para que os talibãs e outros extremistas parassem suas atividades no Paquistão e no Afeganistão, escreve o jornalista. As autoridades dos EUA souberam da localização de bin Laden por um oficial da inteligência paquistanesa em troca de US$ 25 milhões. Esta informação, de acordo com o jornalista, foi confirmada por dois conselheiros no comando dos Estados Unidos e Hersh também a confirma através de fontes no Paquistão. Enquanto isso, a Casa Branca afirma que bin Laden foi descoberto após os serviços secretos americanos terem vigiado e seguido os movimentos de uma pessoa de confiança do líder da Al-Qaeda. Washington tem repetidamente declarado que manteria bin Laden vivo se tivesse havido tal oportunidade. No entanto, o jornalista escreveu que "este não foi o caso." Segundo Hersh, quando os soldados norte-americanos entraram no prédio onde bin Laden estava preso, os guardas paquistaneses já tinham ido embora. Ele questiona também a versão de que o corpo de bin Laden foi sepultado no mar de acordo com os ritos do Islã. O jornalista apresenta o testemunho de um soldado da unidade SEAL segundo o qual os restos do líder da Al-Qaeda ("algumas partes do corpo" incluindo a cabeça com vários buracos de bala) foram colocados num saco e jogados de um helicóptero sobre a serra na estrada perto da cidade de Jalalabad. De acordo com Seymour Hersh, ele tem apelado para que a Casa Branca comente o assunto, mas não recebeu resposta.  
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