Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Gângsters, políticos e funcionários públicos são condenados na Itália

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Quinta, 20 de Julho de 2017 às 11:24, por: CdB

Apesar de o caso ter sido apelidado de julgamento da "Máfia Capital", o tribunal não condenou nenhum dos acusados por "associação mafiosa"

Por Redação, com Reuters - de Roma:

Os dois líderes de um grupo criminoso que saqueou os cofres da cidade de Roma foram condenados com cerca de 40 políticos, funcionários e empresários nesta quinta-feira, em um dos maiores julgamentos de corrupção na capital italiana.

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Giosue Naso, advogado de Massimo Carminati, durante julgamento da "Máfia Capital", em Roma

Massimo Carminati, membro da famosa organização mafiosa de extrema-direita Banda della Magliana, de Roma, foi condenado a 20 anos de prisão. Seu parceiro Salvatore Buzzi, assassino condenado, recebeu 19 anos.

Apesar de o caso ter sido apelidado de julgamento da "Máfia Capital". O tribunal não condenou nenhum dos acusados por "associação mafiosa". Reduzindo a gravidade das acusações em um grande revés para a acusação.

Os promotores tentaram ligar o grupo à máfia siciliana e comparar seus métodos com os do crime organizado tradicional. Com o objetivo de obter penas mais longas e expandir o uso da legislação anti-máfia. Além da sua aplicação a grupos bem conhecidos como o 'Ndrangheta ou Camorra.

O tribunal decidiu que os réus eram culpados do que a lei italiana considera uma associação criminosa "simples".

Julgamento

– Não houve nada sobre a máfia neste julgamento – disse sorrindo Ippolita Naso, advogada de Carminati. Depois que um juiz havia lido a sentença.

O promotor Paolo Ielo disse que vai apelar da decisão.

O julgamento começou em uma prisão de alta segurança nos arredores de Roma em novembro de 2015 e se estendeu por mais de 230 sessões. A leitura dos vereditos foi transmitida ao vivo pela TV.

Ielo pediu sentenças de 28 anos para Carminati, que perdeu o olho em um tiroteio com a polícia no início da década de 1980. Buzzi recebeu 26 anos e três meses.

Os membros do grupo foram acusados de infiltrarem-se na prefeitura de Roma e usar suborno e intimidação para vencer licitações lucrativas. Inclusive para a administração de centros que alojam imigrantes que chegaram em massa à Itália, vindos da África.

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