Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan disse, nesta quinta-feira em Londres, acreditar que a subida da taxa de juros pelo Banco Central esteja chegando ao fim.
- Nós estamos chegando a um patamar de juros que vai possibilitar a convergência da meta da inflação - afirmou, durante seminário na Embaixada brasileira. O ministro evitou críticar o Banco Central pelo novo aumento, anunciado na quarta-feira, que elevou a taxa Selic de 18,75% para 19,25%.
Na decisão, o Copom (Comitê de Política Monetária) não dá nenhuma indicação de que a trajetória de alta esteja chegando ao fim.
- Acho que cada um no governo tem uma tarefa que foi dada pelo presidente Lula. E eu respeito a tarefa que foi dada ao Banco Central, e acho que eles têm de perserguir as metas que foram colocadas.
Investidores
A uma platéia de investidores britânicos, Furlan falou sobre a posição brasileira - que ele considera privilegiada - na produção de tecnologia para energia limpa.
Ele citou como um grande sucesso a produção de carros do tipo bicombustível, que funcionam movidos a álcool, gasolina ou com uma mistura dos dois em qualquer proporção. A ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, também participou do seminário na Embaixada brasileira.
Furlan disse que conversou com vários investidores britânicos e afirmou que "todos estão satisfeitos" com a performance da economia brasileira nos últimos meses.
Ele minimizou os últimos dados que mostram uma desaceleração.
- A velocidade do crescimento diminuiu porque nós já estamos em uma velocidade de cruzeiro. Nós chegamos a 5% e, se mantivermos esses 5%, está muito bom nesse período de transição.
Ainda nesta quinta-feira, Furlan se encontra com a ministra britânica da Indústria e Comércio, Patricia Hewitt, e depois viaja para a Turquia, onde tem encontros para discutir o aumento da relação comercial entre os dois países.
Ao falar sobre a estratégia de comércio exterior do Brasil, o ministro disse que o lema agora é "vender novos produtos em mercados tradicionais e produtos tradicionais em mercados novos".