Após atingir ilhas caribenhas como Dominica, ciclone com ventos superiores a 250 quilômetros por hora segue rumo a Porto Rico, onde vivem 3,4 milhões de pessoas
Por Redação, com DW - de
O furacão Maria, segunda tempestade com ventos superiores a 250 km/h a atingir o Caribe neste mês, se dirigiu para Porto Rico nesta quarta-feira, ameaçando causar destruição no território insular norte-americano e forçar o governo a reconstruir dezenas de comunidades.
A tempestade já assolou a ilha caribenha de Saint Croix nesta quarta-feira; matou pelo menos duas pessoas em Guadalupe e devastou a pequena nação montanhosa de Dominica.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos prevê que o Maria será o furacão mais forte a atingir Porto Rico em quase 90 anos, classificado como categoria 4 ou categoria 5 . A previsão era de fortes tempestades por um período de 12 a 24 horas, à medida que o Maria se dirigia à ilha com ventos de cerca de 260 quilômetros por hora, ameaçando 3,4 milhões de porto-riquenhos.
A expectativa é de que o Maria leve até 63,5 centímetros de chuva a certas partes da ilha e provoque maré de tempestade, quando a água do mar é pressionada por furacões acima dos níveis normais, de até 2,74 metros. Com as chuvas, há também o risco de deslizamentos e enchentes relâmpago. Cerca de 150 voos haviam sido cancelados no principal aeroporto internacional de Porto Rico, segundo informações na manhã desta quarta-feira.
EUA
Após cruzar Porto Rico nesta quarta, o furacão deve passar pela costa nordeste da República Dominicana. Ainda não se sabe se a parte continental dos EUA também está ameaçada.
– Será um fenômeno extremamente violento – disse o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló. "Não passamos por um evento dessa magnitude na nossa história moderna.” O governo disponibilizou 500 abrigos em toda a ilha.
O presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou solidariedade pelo Twitter: "Sejam cuidadosos, nossos corações estão com vocês – e estaremos lá para ajudar!”
O Maria vem na sequência do Irma, que teve ventos de 300 quilômetros por hora e matou 38 pessoas na região caribenha; e outras 36 nos Estados Unidos no início do mês.
Danos em Saint Croix, Guadeloupe e Dominica
A passagem do furacão por Saint Croix, que abriga cerca de metade dos 103 mil moradores das Ilhas Virgens Americanas; fez dele a pior tempestade a atingir a ilha desde Hugo, furacão de categoria 4, em 1989.
O governador das Ilhas Virgens Americanas, Kenneth Mapp, alertou as pessoas de que suas vidas corriam perigo. "Você perde sua vida no momento em que começa a pensar em como salvar algum dinheiro para evitar que algo seja destruído; queimado, ou despedaçado”, disse. "Tudo que importa é a segurança de sua família, de suas crianças, e de você mesmo. O resto das coisas, esqueça.”
Em Dominica, árvores caíram, casas foram danificadas e ruas inundadas. "Perdemos tudo que se pode comprar e substituir com dinheiro”; escreveu o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit, no Facebook. Em Guadalupe, onde pelo menos duas pessoas morreram, outras duas ainda estavam desaparecidas após um naufrágio, de acordo com a mídia francesa.