Os funcionários do Banco Central entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira.
A medida foi decidida em assembléias realizadas na semana passada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) com funcionários da instituição.
A categoria realizou, ainda nesta segunda, protestos na sede do BC em Brasília e nas noves regionais do banco localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém.
Segundo o Sinal, a paralisação é um protesto contra a falta de vontade do governo em negociar a pauta de reivindicações salariais da categoria.
Além de reposição salarial, os funcionários do BC pedem mais investimentos na instituição.
O presidente do Sinal, David Falcão, informou que a expectativa é de adesão maciça da categoria, incluindo os postos de chefia, uma vez que há grande revolta com o desrespeito do governo ao protelar as negociações.
Para o dirigente sindical, o adiamento da reunião que estava agendada para esta semana indica que o governo quer inviabilizar a negociação para que não haja nenhum ganho salarial para a categoria neste ano.
O Sinal informa que a paralisação poderá causar prejuízo ao funcionamento do sistema financeiro.
É que os funcionários do BC são responsáveis pelo controle das reservas internacionais, distribuição de dinheiro aos bancos, atendimento ao público e pelo registro e acompanhamento das operações de mercado aberto e dos títulos públicos.