O órgão que regula as telecomunicações na França pediu o fim das transmissões de TV para a Europa feitas pelo grupo guerrilheiro libanês Hezbolá. O pedido foi apresentado depois que o canal via satélite sustentou que sionistas tentavam exportar a aids para países árabes.
A reação do Alto Conselho do Audiovisual (CSA, na sigla em inglês) veio somente uma semana depois de o órgão ter aprovado a emissora apesar das acusações de ela ser anti-semita.
O CSA afirmou que iria recorrer à Justiça para banir a TV Al-Manar por ter rompido seu compromisso de não incitar o ódio entre as religiões.
O órgão citou como evidência de que isso ocorreu o fato de a Al-Manar ter mencionado da semana passada "as tentativas dos sionistas de transmitirem doenças perigosas como a Aids através da exportação para países árabes".
A emissora disse que Israel não tinha "escrúpulos" sobre infectar árabes e muçulmanos. A Al-Manar é um das muitas estações por satélite populares entre os 5 milhões de muçulmanos da França.
A decisão do CSA foi anunciada em meio a crescentes críticas sobre a aprovação do canal ¿ feitas principalmente pelos líderes dos 600 mil judeus da França.
Os Estados Unidos e a Inglaterra classificam o Hizbollah, apoiado pela Síria e pelo Irã, como um grupo terrorista. A França não aceita essa classificação.