Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Fotografias da mata em perigo em mostra no Cristo Redentor

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Sábado, 05 de Setembro de 2015 às 15:06, por: CdB
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro: Ponto turístico mais famoso do Brasil, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a partir das 19h deste sábado, imagens de florestas feitas por fotógrafos nacionais, como parte das comemorações do Dia da Amazônia. A iniciativa da organização não-governamental (ONG) WWF-Brasil visa enviar uma mensagem para a sociedade brasileira sobre a importância da Floresta Amazônica para o Brasil e para o mundo. “E destacar, nesse aspecto, a importância das áreas protegidas para a manutenção do clima, da água”, explica o analista de Políticas Públicas da WWF-Brasil, Michel Santos.
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O Cristo Redentor é uma das mais conhecidas paisagens do Rio de Janeiro
Segundo Michel, a atual escassez hídrica que o país enfrenta em algumas das principais cidades brasileiras está relacionada ao desmatamento na Amazônia e à falta de preocupação com as áreas protegidas, de forma geral. Somando unidades de conservação (parques, reservas, estações ecológicas) e terras indígenas, as áreas protegidas no Brasil correspondem a cerca de 2,6 milhões de quilômetros quadrados, dos quais em torno de 50% se encontram na Amazônia. O Cristo Redentor, por exemplo, está situado em área protegida, que é o Parque Nacional da Tijuca. – Nossa intenção é mandar uma mensagem para as autoridades brasileiras, destacando a importância da manutenção das áreas protegidas, para a ocorrência de um clima mais ameno e de um regime de chuvas equilibrado – diz o analista da WWF-Brasil. A projeção de imagens de florestas no Cristo Redentor ocorrerá de forma sincronizada na cidade alemã de Colônia, onde vivem muitos brasileiros. Em um telão colocado em frente à Catedral de Colônia, serão projetadas 150 fotos exclusivas do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, coletadas por ele na Amazônia e que integram seu mais recente livro, intitulado Gênesis, fruto do projeto do mesmo nome. Outros fotógrafos que terão trabalhos exibidos no evento são Adriano Gambarini, Edward Parker, Zig Koch e Leonardo Milano As projeções serão feitas ao som de músicas de Villa-Lobos, autor da suíte sinfônica A Floresta do Amazonas, que será apresentada durante a celebração, informou a assessoria de imprensa da ONG. Com os dois eventos, a entidade pretende antecipar o debate que ocorrerá a partir de 30 de novembro próximo na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), em Paris, salientando a importância da Floresta Amazônica e das áreas protegidas para a manutenção do clima. – Quando você combate o desmatamento, evita a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – afirma Michel Santos, segundo o qual com a criação dessas áreas protegidas e sua preservação o Brasil tem uma reserva, ou estoque, que contribui para a captura desses gases na atmosfera. Santos explica que, nos diversos biomas brasileiros, há necessidade de atenção especial com as leis e os aspectos que promovem a destruição das florestas e desses biomas: “Uma maneira de impedir esse avanço é por meio da criação de áreas protegidas, da valorização dessas áreas”. De acordo com a ONG, dezenas de projetos de lei e iniciativas no Congresso Nacional colocam essas áreas em risco ou impedem o desenvolvimento de mecanismos que ampliem a proteção às Unidades de Conservação e Terras Indígenas. À medida que se aproximar a data de realização da COP21, a intenção da WWF-Brasil é fazer outras ações e atividades que chamem a atenção da sociedade, “não só no Brasil, mas envolvendo a rede WWF em outros países, da importância de um bom acordo em Paris”. Ao término do evento no Cristo Redentor, as fotos estarão disponíveis na página na internet https://www.flickr.com/photos/wwf-cristo
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