Por Redação, com ABr - de Brasília/Recife:
A Polícia Federal (PF) ainda não localizou o empresário Fernando Cavendish, presidente da empreiteira Delta Construção, que teve a prisão decretada na quinta-feira na deflagração da Operação Saqueador, quando foram presas quatro pessoas acusadas de participar de esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de obras públicas, envolvendo a construtora.
O empresário não foi encontrado em sua casa, no Leblon, Zona Sul do Rio. Ele deixou o país no último dia 22 com destino à Europa. Segundo o delegado Tácio Muzzi, a PF espera um contato do advogado de defesa do acusado, antes de incluir o nome dele na lista da Interpol.
A defesa de Cavendish informou que vai tomar providências judiciais para reverter a decretação de prisão do empresário. Em nota, o advogado dele, Técio Lins e Silva, chamou de “insuportável ilegalidade” e “medida extrema” o pedido de prisão. “A defesa de Fernando Cavendish ficou estarrecida com a decretação de sua prisão”, diz a nota. “A prisão foi requerida nos autos de inquérito policial que tramita há mais de três anos, no qual Fernando Cavendish sempre atendeu às solicitações da autoridade policial, nada justificando a adoção desta medida extrema”.
Outro investigado, Marcelo Abbud, se apresentou espontaneamente à PF, em São Paulo, e deve ser levado para o Rio de Janeiro nesta manhã. Os demais presos na operação, os empresários Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira, preso em Goiânia, Aldir Assad, preso em São Paulo e o ex-diretor da Delta Construção para a Região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, foram transferidos na quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Praça Mauá. Depois, encaminhados para o Complexo Penitenciário de Bangu, Zona Oeste.
Nova fase da Lava Jato
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feia mais uma fase da Operação Lava Jato. As empresas do grupo JBS Friboi estão entre os alvos.
Os mandados desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Os policiais cumpriram mandados em três Estados, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco e no Distrito Federal.