A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mandou carta nesta quarta-feira, dia 21, para as três principais agências de classificação de risco que atuam no Brasil, a Moody's, a Fitch Ratings e a Standard & Poor's, questionando a metodologia e os critérios de classificação de risco do país.
De acordo com o diretor operacional corporativo do Sistema Firjan, Augusto Franco Alencar, que assina a carta, a entidade que representa 8.155 empresas fluminenses, tem recebido muitas reclamações sobre a metodologia de cálculo de classificação de risco do Brasil. Entre essas empresas estão as maiores do país que utilizam os serviços de rating prestados pelas agências, cuja severidade se reflete nas taxas de juros que as companhias brasileiras pagam sobre empréstimos externos, muito superiores às cobradas de suas concorrentes internacionais.
"Temos recebido um grande número de questionamentos por parte de nossos associados sobre a metodologia de cálculo da classificação de risco soberano, especialmente no que diz respeito à diferença entre o rating atribuído ao Brasil e a outros países com características econômicas similares. Destacamos que por diversos momentos nos foi solicitado explicações sobre a consistência da metodologia perante tal discrepância", diz a carta.
A Firjan pede, na carta às agências, informações sobre a metodologia e critérios de avaliação de risco e afirma que as informações serão avaliadas pelo corpo técnico da entidade e utilizadas como insumo para um estudo sobre o assunto que será divulgado em janeiro de 2006.