O filme, estrelado por Bruno Ganz, é baseado em relatos de uma secretária que conviveu com Hitler em seus últimos dias de vida, quando o líder nazista escondia-se em um bunker em Berlim rodeado por pessoas próximas a ele. Antes de se matar, Hitler tem seu comportamento alternado entre amor, ódio e loucura.
Um distribuidor do filme em Israel decidiu exibir o filme, após segundo ele um retorno positivo de uma platéia em Jerusalém à obra.
"Seria injusto deixar a platéia de fora e não confrontar a questão dolorosa presente no filme", disse o distribuidor Nurit Shani, que é dono de uma rede de cinemas em Israel.
Dificuldade
Mas, segundo ele, muitas pessoas acharão difícil ver o lado humano de Hitler retratado em um filme.
Shani diz que 91% dos presentes a uma exibição prévia de A Queda aprovaram a exibição do filme em Israel.
O país tem cerca de 280 mil sobreviventes do Holocausto. Mais de seis milhões de judeus foram mortos em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
"Não vou evitar (a exibição do filme) porque não podemos ignorá-lo. Ainda mais, não exibir o filme seria uma censura", defende o distribuidor.
Já Efraim Zuroff, diretor de um centro de direitos humanos judaico, diz que prefere que as pessoas evitem ver A Queda.
O filme tem estréia prevista para maio no Brasil - e também em Israel.