Todos os 32 times que disputarão a Copa do Mundo da Alemanha no ano que vem serão requisitados a apresentar provas de que os corações de seus jogadores estão em boas condições, em um esforço para evitar mais casos de ataques cardíacos súbitos em atletas.
A Fifa anunciou a iniciativa neste domingo, segundo aniversário da morte do camaronês Marc-Vivien Foe, que desmaiou aos 27 minutos do segundo tempo da semifinal da Copa das Confederações entre seu país e a Colômbia, em Lyon, na França, no dia 26 de junho de 2003, e mais tarde foi declarado morto no hospital.
- O objetivo é identificar os problemas antes de eles acontecerem, usando diagnósticos esportivo-cardiológicos especiais - disse o coordenador médico da Fifa, Professor Toni Graf-Baumann, da Alemanha.
Um número alarmante de casos similares vem acontecendo recentemente, como o do jogador da seleção húngara Miklos Feher, do Benfica, que morreu depois de sofrer um ataque cardíaco em janeiro de 2004, e de Serginho, zagueiro do São Caetano, que morreu em um jogo do Campeonato Brasileiro em outubro do mesmo ano.
Hugo Cunha, um meia do clube português União Leiria, sofreu um ataque e morreu durante um jogo com amigos no último sábado, segundo informação da agência de notícias Lusa. A Fifa dedicou a semifinal das Copa das Confederações entre México e Argentina à memória de Foe.
A entidade que comanda o futebol mundial disse que tem feito seminários sobre testes e prevenção cardíaca desde 2000, depois de um número considerável de ataques cardíacos súbitos acontecer com jogadores de futebol em campeonatos menores.