O Conselho da Fifa concordou com o "princípio geral de que as associações-membros de confederações das duas últimas sedes da Copa do Mundo da Fifa
Por Redação, com Reuters - de Zurique:
Os países da Europa só poderão se candidatar para sediar a Copa do Mundo de 2026 se nenhum dos candidatos habilitados for bom o suficiente, informou a Fifa nesta sexta-feira.
Reforçando uma possível candidatura comum de Estados Unidos, México e Canadá em 2026, a Fifa disse que sedes conjuntas seriam permitidas e que não existe restrição ao número de países em uma dada candidatura.
O Conselho da Fifa concordou com o "princípio geral de que as associações-membros de confederações das duas últimas sedes da Copa do Mundo da Fifa serão inelegíveis para sediar a Copa do Mundo de 2026 da Fifa", informou a entidade.
Como Rússia e Catar irão sediar os Mundiais de 2018 e 2022 respectivamente, a decisão significa que nem países europeus nem asiáticos serão elegíveis para sediar o torneio de 2026.
Mas a Fifa disse que candidaturas europeias, mas não asiáticas, poderiam ser autorizadas "no caso de nenhuma das candidaturas propostas cumprir as exigências técnicas e financeiras exatas".
Sarai Bareman
A Fifa nomeou Sarai Bareman como a primeira diretora de futebol feminino, informou o órgão na última terça-feira.
A neozelandesa irá comandar a recém-criada Divisão de Futebol Feminino como parte do painel administrativo da Fifa.
– Como a única mulher do Comitê de Reforma da Fifa de 2016. Sarai foi uma forte manifestante por mudanças dentro da organização. Em particular ao pedir por necessidades concretas de mulheres em posições de liderança na Fifa – informou o órgão em comunicado.
Sarai, ex-jogadora da equipe feminina de Samoa e vice-secretária-geral da Confederação de Futebol da Oceania, irá assumir o cargo em 14 de novembro.
Copa do Mundo do Catar
Um homem de Bangladesh que diz ter sido brutalmente explorado pela Fifa. Enquanto trabalhava na construção de locais de competição para a Copa do Mundo do Catar de 2022. Ele está processando a entidade. Supostamente a Fifa não ter usado sua influência para garantir que os trabalhadores sejam tratados justamente.
O Estado do Golfo Pérsico já recebeu críticas da Anistia Internacional e da organização Trabalhadores Internacionais de Alvenaria e Carpintaria. Entre outros, pelo tratamento dado a trabalhadores estrangeiros.
Mas o caso anunciado nesta semana representa a primeira vez em que a entidade que governa o futebol mundial é alvo de um processo.
Processo
O processo, aberto em Zurique. Conta com apoio do maior sindicato trabalhista da Holanda. Foi pedido à Fifa que obrigue o Catar a adotar "padrões trabalhistas mínimos". Sendo que os trabalhadores imigrantes que preparam o torneio, incluindo ao menos o direito de se demitir ou sair do país.
O autor da ação aberta na Suíça é Nadim Shariful Alam, de 21 anos. Ele pede cerca de US$ 11, 5 mil de indenização por um acordo para o qual pagou US$ 4 mil a um recrutador.
Ao chegar ao Catar, seu passaporte foi apreendido. Ele foi forçado a trabalhar durante 18 meses sob condições severas. De acordo com o esboço de uma carta a ser apresentada à Corte de Comércio de Zurique.
Ele descarregou navios que transportavam materiais de construção. Pagou por refeições no grande campo de trabalhadores em que esteve confinado.
Alam diz que depois foi demitido e deportado. Tendo recebido tão pouco que sequer recuperou a taxa de recrutamento original.