O líder cubano Fidel Castro atacou, na última segunda-feira, o presidente americano George W. Bush ao insinuar que sua belicosidade poderia ser devido ao alcoolismo no passado e ao fundamentalismo religioso.
Em um discurso pronunciado no ato pelo 51º aniversário do frustrado ataque ao quartel Moncada em 1953, que marcou o início da revolução que o levaria ao poder em 1959, Fidel rebateu as acusações feitas por Bush que seu governo promove turismo sexual em Cuba.
- Na mente fundamentalista do todo poderoso senhor da Casa Branca Cuba tem que ser salva não só da tirania como também as crianças cubanas da exploração sexual - disse Fidel.
Em um ato de forte apelo eleitoral em 16 de julho em Flórida, onde residem a maioria dos cubano-americanos, Bush que tem endurecido a política dos EUA conta Cuba, acusou o governo de Fidel de ser transformado a ilha em um destino central de turismo sexual.
- Com o objetivo de privar o país da entrada de pessoas, Bush qualifica a indústria turística em Cuba de turismo sexual e os procedentes dos EUA que visitam nosso país como pedófilos e turistas que em busca de prazer - disse Fidel.
O líder cubano destacou que estas "calúnias" de Bush foram feitas precipitadamente para justificar as últimas medidas dos EUA contra Cuba, que limitam as viagens de americanos à ilha e o envio de remessas.
Mas Fidel dedicou mais da metade de seu discurso de uma hora e meia para ler trechos do livro "Bush no divã" do psicanalista Justin A. Frank, que descreve Bush como um bêbado seco, a quem a abstinência e suas rígidas crenças cristãs o transformaram em um líder paranóico e com uma visão simplista do mundo.
- Os dias de álcool de Bush ficaram para trás, mas ainda fica o dano permanente que pode ter causado antes de deixar de consumí-lo, mas de grande impacto sobre sua personalidade - disse um trecho do livro lido por Fidel.
Intolerância, grandiosidade, ansiedade, rigidez de pensamento e tendência a reagir excessivamente são alguns do traços de caráter associados com o alcoolismo que Franz detecta em Bush.
Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024
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