A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) acusou a equipe BAR de fraude e pediu a expulsão da equipe do Mundial de Fórmula 1 desta temporada.
- A FIA pede à corte (de apelação) para excluir a equipe Lucky Strike BAR Honda do Mundial de Fórmula 1 de 2005 e uma multa de pelo menos 1 milhão de euros - disse a federação internacional em seu dossiê com as provas apresentadas numa audiência em Paris. Um veredicto é esperado para esta quinta-feira.
O piloto da BAR Jenson Button terminou na terceira posição o Grande Prêmio de San Marino, em 24 de abril, marcando os primeiro pontos da equipe na temporada.
A FIA levou o caso à justiça recorrendo contra a decisão dos diretores da prova de manter o resultado após passarem seis horas avaliando o carro de Button depois da prova. Havia suspeita que o carro estivesse abaixo do peso mínimo exigido, ou até mesmo com um segundo tanque de combustível escondido.
- A equipe, deliberadamente, tirou vantagem sobre as outras equipes usando uma artimanha ilegal e injusta, o que prejudica os interesses da competição e os interesses do automobilismo de forma geral - acrescentou a FIA.
A BAR, que negou qualquer comportamento errado, pediu à corte para desconsiderar o recurso da FIA. O advogado da equipe, David Pannick, disse que tal punição seria "desproporcional, assim a exclusão em futuras provas".
O diretor-técnico da BAR, Geoff Willis, reiterou a posição da equipe de que o carro estava dentro das regras.
- Em nenhum momento eu permitiria que alguém na equipe fizesse algo ilegal, temos uma cultura de integridade e honestidade.
A BAR disse ter recolhido provas de que em nenhum momento durante a corrida o carro ficou abaixo do peso, e informou à corte que não tem um segundo tanque, mas sim um coletor de combustível que distribui melhor a gasolina para os motores. De acordo com a BAR, a equipe técnica da FIA sabia da existência desse coletor.