Após sua vitória em Hockenheim neste domingo, o líder do campeonato de Fórmula 1 Fernando Alonso deve estar realmente começando a gostar da Alemanha.
Duas vezes nos dois últimos meses o piloto da Renault chegou ao país aparentemente com o pé atrás após vitórias da McLaren e de ter visto os carros da equipe adversária dominarem os treinos livres e a classificação.
Nas duas vezes, entretanto, o espanhol se beneficiou da fragilidade dos McLarens, sendo que a mais dramática foi quando Kimi Raikkonen perdeu a roda na última volta do Grande Prêmio da Europa, em Nurburgring, em maio. Nesse fim de semana o finlandês sofreu uma pane hidráulica quando liderava o GP da Alemanha.
Nas duas vezes Alonso estava em segundo e aproveitou ao máximo o azar de seu adversário para vencer a corrida. O triunfo de domingo ampliou sua vantagem sobre Raikkonen na classificação para 36 pontos, faltando ainda 70 a serem disputados.
Como Michael Schumacher e a Ferrari mostraram nas suas cinco temporadas de domínio na Fórmula 1, ter um carro rápido não é suficiente para vencer o campeonato - uma equipe de sucesso precisa construir um carro que aguente a prova inteira.
- É preciso terminar as corridas para vencê-las, e foi isso que conseguimos - disse o chefe da Renault, Flavio Briatore.
Com a confiabilidade que a Renault tem mostrado nesta temporada, é quase certeza que Alonso conseguirá seu primeiro título, possivelmente no Grande Prêmio da Bélgica, na segunda semana de setembro.
Raikkonen deixou o circuito imediatamente depois que seu carro parou, e apesar de as frases atribuídas a ele pela equipe mostrarem que ele acha que a disputa ainda está viva, o piloto de 25 anos sabe que será preciso algo extraordinário para deter Alonso.
Alonso havia vencido apenas uma corrida antes desta temporada, e voltará ao palco desse triunfo em 2003 no próximo fim de semana, para o GP da Hungria.