Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Ferido em acidente com lancha continua internado no Rio

Arquivado em:
Segunda, 28 de Agosto de 2017 às 11:35, por: CdB

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Uma das sete vítimas do acidente com uma lancha no dia anterior na Barra da Tijuca, Andrew Macau, de 21 anos, continua internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge.

rio-5.jpg
Ferido em acidente com lancha no Rio foi operado e continua internado

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável.

As outras seis vítimas não precisaram ser encaminhadas ao hospital. Elas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e atendidas no próprio local. As pessoas ficaram feridas depois que a lancha onde estavam foi empurrada contra o quebra-mar da Barra da Tijuca.

Sem conseguir sair do quebra-mar, por causa das ondas fortes, a lancha virou e ficou presa às rochas.

Resgate com drones

O Corpo de Bombeiros tem utilizado drones para garantir a prevenção de afogamentos e realizar a busca de vítimas nas praias da orla do Rio. O uso dos aparelhos; que têm ajudado o Grupamento Marítimo (Gmar) a evitar mortes, é referência internacional. Este mês, a Covant (Coordenadoria de Operações de Veículos Aéreos não Tripulados) recebeu a visita do comandante-assistente do Departamento do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, nos Estados Unidos; Fernando Boiteux, que pretende implantar a tecnologia na corporação americana.

– Ele conheceu o nosso trabalho com essas aeronaves pela mídia, e veio coletar informações com a intenção de implantar a tecnologia nas unidades de Los Angeles. Foi bem proveitoso, porque ele também nos apresentou outros equipamentos de alta tecnologia; utilizados pelos agentes americanos, que podemos futuramente adotar – disse o tenente-coronel Rodrigo Bastos, coordenador da Covant; que acredita em uma futura parceria internacional.

Não é só lá fora que o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro chama a atenção. Alguns estados já demonstraram interesse em fazer intercâmbio com os bombeiros Fluminenses; que são pioneiros no Brasil em utilização de drones para resgates.

No último mês, a corporação recebeu a visita de dois oficiais bombeiros da Bahia, que pretendem montar um projeto semelhante. Os militares receberam noções de pilotagem das aeronaves e da tecnologia que envolve os aparelhos, legislação aeronáutica, meteorologia, segurança de voo e aerodinâmica.

Hoje, os bombeiros do Rio utilizam três drones em operações de emergência e cinco em treinamentos. Os aparelhos são úteis em diversas situações, como auxiliar em caso de afogamento, monitorar acidentes em grandes áreas, procurar pessoas perdidas em montanhas ou na mata e achar corpos desaparecidos.

– A probabilidade de o resgate ser bem-sucedido aumenta. Agilizamos recursos e os agentes ficam menos expostos a situações de perigo – explicou Bastos.

Tecnologia auxilia diversos grupamentos

A primeira vez que os bombeiros utilizaram drones no Rio foi na Operação Verão (2015/2016), na praia de Copacabana, de forma experimental. Durante 2016, a corporação foi mapeando como essa ferramenta poderia ajudar no trabalho dos diversos grupamentos e unidades especializadas da Defesa Civil. Com isso, os bombeiros criaram um protocolo para cada tipo de ação para utilizar a aeronave.

Uma das ações do governo estadual que teve a utilização dos drones foi a campanha Xô, Zika!, realizada no ano passado.

– Nós identificávamos diversos focos do Aedes aegypti que equipes de solo não teriam como localizar. O que o drone realizava em uma hora, os agentes levariam, em média, de seis a sete dias. O ganho de tempo-resposta foi muito bom – disse o coordenador da Covant, tenente-coronel, Rodrigo Bastos.

Aparelho

Por causa do zumbido quando está voando, o aparelho recebeu o apelido de drone, o nome em inglês para a abelha zangão. Oficialmente, é um RPAS, sigla em inglês para Sistema de Aeronave Pilotada Remotamente. Cada aparelho pesa no máximo 2 quilos e mede entre 50 cm a 60 cm de diâmetro. Movido a bateria elétrica, um drone tem autonomia de voo de 25 minutos. Ele pode chegar a seis mil metros de altura e voar por cinco quilômetros.

Mas para o voo operacional os aparelhos vão, no máximo, a 30m de altura e 500m de distância, obedecendo às regras da Aeronáutica.

Nas aulas, os agentes aprendem todos os recursos da ferramenta e como operá-la com perícia: uma manobra errada pode derrubar fios de alta tensão e outros obstáculos, causando acidentes graves. A cada dia, modelos mais modernos são lançados.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo