Um plano para explodir o túnel Holland, em Nova York, em uma tentativa de inundar o distrito financeiro de Wall Street, foi descoberto pelo FBI e um suspeito foi preso no Líbano, relatou o jornal nova-iorquino Daily News nesta sexta-feira.
O jornal, citando fontes antiterrorismo não identificadas, disse que a investigação envolveu o que, segundo autoridades, tratava-se de uma "conspiração grave" para detonar explosivos dentro do túnel, destruindo-o e fazendo com que houvesse uma devastadora inundação em parte de Manhattan.
O túnel de 79 anos passa sob o rio Hudson, entre Nova Jersey e Manhattan, e quase 34 milhões de veículos utilizaram-no em 2005.
O Daily News disse que autoridades em Beirute, a pedido dos norte-americanos, prenderam um dos conspiradores suspeitos, identificado como Amir Andalousli, nos últimos meses, e que agentes buscavam outros suspeitos pelo mundo.
O jornal disse que oficiais do FBI e da polícia de Nova York negaram-se a comentar a investigação que, segundo o diário, foi descrita por uma fonte como "adiantada".
O Daily News citou uma fonte antiterrorismo que disse que as autoridades estavam alarmadas porque os conspiradores receberam uma suposta promessa de apoio financeiro e tático de comparsas jordanianos de Abu Musab al-Zarqawi, o líder da Al Qaeda iraquiana, morto no mês passado por tropas dos EUA. O jornal disse não estar claro se houve assistência ou ajuda em dinheiro.
Os Estados Unidos pediram ao governo libanês que não anuncie a prisão enquanto operações para frustrar a conspiração estavam em andamento, afirmaram fontes.
O jornal disse que autoridades de Nova York, de acordo com fontes, acreditam que o plano poderia funcionar com explosivos suficientes posicionados no meio do túnel. Mas alguns especialistas não consideraram o plano praticável porque o túnel é protegido por concreto e ferro fundido. Mesmo que o túnel rachasse, segundo esses especialistas, o distrito de Wall Street não seria inundado, porque ele está acima do nível do rio. Sete homens foram acusados nos EUA, no mês passado, por conspiração para explodir a torre Sears, em Chicago, e edifícios do FBI em Miami e em quatro outras cidades, como parte de uma promessa da Al Qaeda de empreender uma guerra à América. Autoridades dos EUA disseram que os planos nunca saíram dos estágios preliminares.