Três recordes mundiais deixaram de entrar na lista oficial neste ano porque os organizadores negligenciaram as ordens de realizar exames antidoping para eritropoietina (EPO), disse a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf).
O secretário-geral da organização, Pierre Weiss, reiterou que todas as quebras de recordes devem ser seguidas por exame de sangue para determinar se houve ou não presença da droga proibida, e que a falta de conhecimento sobre a obrigatoriedade provocou a rejeição de recordes.
- Não é uma decisão nova. É sabido há anos, mas parece que esta informação não é conhecida, porque já tivemos que recusar três pedidos de recordes neste ano - disse Weiss a repórteres.
A falta de teste para EPO impediu o registro de um recorde de uma equipe de revezamento norte-americana nos 4x400m em pista indoor, marcado em fevereiro. Cancelou também a marca de 1h11m37s nos 25km alcançada em março, na Holanda, pelo bicampeão olímpico dos 10.000 metros Haile Gebrselassie.
Weiss disse que a federação recusou também a marca do russo Sergey Morozov na marcha de 10km junior, em fevereiro.
Weiss afirmou que continuam as investigações sobre Marion Jones, que teve exame positivo para uma substância proibida durante o campeonato norte-americano de atletismo, em junho.
Jones, que ganhou três medalhas de ouro nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, disse na segunda-feira que pediu o teste "B."
Se a amostra "B" também for positiva, ela pode ser suspensa do esporte por dois anos, segundo as leis antidoping.
Jones, 30, insiste que não usa substâncias que melhoraram o desempenho e nunca havia tido resultado positivo em testes de doping.