O Facebook está com os mercados ocidentais, incluindo a América do Norte e Europa, em grande parte saturados, e ajustou seu foco em países em desenvolvimento
Por Redação, com Reuters - de São Francisco:/Berlim
O Facebook lançou uma versão simplificada do seu popular aplicativo Messenger para mercados emergentes nesta segunda-feira, conforme busca expandir sua presença internacional.
O Messenger Lite, que utiliza menos dados e é projetado para trabalhar em áreas com conexões de Internet mais lentas, será lançado no Quênia, Tunísia, Malásia, Sri Lanka e Venezuela. O Facebook disse que vai se expandir para outros países nos próximos meses.
O Facebook está com os mercados ocidentais, incluindo a América do Norte e Europa, em grande parte saturados, e ajustou seu foco em países em desenvolvimento, em parte com o lançamento de versões "lite" de seu principal aplicativo do Facebook e agora o Messenger, que têm menos recursos do que os principais aplicativos.
Os usuários com telefones Android ainda poderão usar os recursos centrais do Messenger, incluindo a capacidade de enviar mensagens de texto, fotos e links, mas não serão capazes de fazer chamadas de vídeo ou de voz ou fazer pagamentos.
– Queremos garantir que os produtos de Messenger sejam verdadeiramente para todos – disse David Marcus, diretor do Messenger, em uma entrevista.
O Facebook também oferece uma versão reduzida (pared-down) da internet em mais de três dezenas de países, chamada Free Basics, para conectar à internet pessoas que não têm uma conexão confiável.
Discurso de ódio
Promotores alemães estão de novo considerando se fazem queixas contra Mark Zuckerberg e outros executivos do Facebook por não conterem posts racistas e ameaçadores na rede social durante o fluxo de migrantes para a Europa.
Os promotores disseram ter recebido uma queixa de uma empresa de tecnologia duas semanas atrás, alegando que o Facebook infringiu rigorosas leis nacionais contra discurso de ódio, insubordinação e apoio a organizações terroristas.
O advogado Chan-jo Jun, que moveu uma queixa similar em Hamburgo um ano atrás, exige que os executivos do Facebook sejam obrigados a cumprir com leis contra discurso de ódio e remover posts violentos e racistas do site. Jun é o principal parceiro da empresa de advocacia Jun Lawyers, de Wuerzburg, na Bavária.
O Facebook disse que a queixa não tinha mérito. "As queixas do senhor Jun foram rejeitadas repetidamente e também não há mérito nesta (última)", disse uma porta-voz do Facebook.
– Não há lugar para ódio no Facebook. Em vez de focar nestas queixas, nós trabalhamos com parceiros para lutar contra o discurso de ódio e adotar um discurso contrário.
Um porta-voz da promotoria publica de Munique disse que a decisão seria tomada nas próximas semanas para agir sobre a nova queixa, direcionada a Zuckerberg - fundador e presidente do Facebook, e diretores regionais europeus e alemães.